Fonte: Mais Que Vencedores - William Hendriksen
O Apocalipse é uma obra de arte, arte maravilhosa, arte divina. Suas diversas partes são unidas por fios sutis. E impossível entender os capítulos 2 e 3 a menos que se tenha lido o capítulo 1. E os capítulos 2 e 3, por sua vez, formam o cenário para a última porção do livro. As promessas encontradas nesses dois capítulos são repetidas e explicadas, de modo mais completo, nessas últimas passagens.
Quer saber o que significam as palavras: "Ao vencedor dar-lhe-ei de comer da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus"? Então vá a Apocalipse 22.2,14. E também, se você está procurando uma definição para "segunda morte" na visão da gloriosa promessa: "o vencedor de modo nenhum sofrerá dano da segunda morte", Apocalipse 20.14 oferece exatamente o que você está buscando. O "novo nome" que é prometido aos "vencedores" (2.17) reaparece diversas vezes: 3.12; 14.1; 22.4; cf 19.12,13,16. A autoridade sobre as nações de 2.26 é comentada em 12.5; 20.4. A estrela da manhã de 2.28 ocorre em 22.16; e assim acontece com todas as demais promessas.[1] As sete cartas pertencem à própria essência do livro. O livro é uma unidade.
Essas sete cartas, sobretudo, revelam - com pequenas modificações - um único padrão. Esse padrão aparece, mais claramente, nas cartas a Efésios, Pérgamo, Tiatira e Sardes. As sete partes são como se segue:
Em cada igreja - com a exceção única de Laodicéia -Cristo encontra algo recomendável. Em cinco das sete, ele encontra algo condenável. As exceções louváveis são Esmirna e Filadélfia.
Essas sete cartas estão divididas em dois grupos: um de três e outro de quatro.[2] Nas primeiras três cartas a exortação é seguida pela promessa. Nas últimas quatro, essa ordem é invertida.
A idéia de que essas sete igrejas descrevem sete sucessivos períodos da História da Igreja nem precisa de refutação.[3] Para não dizer nada sobre a quase humorística - se não deplorável exegese, que, por exemplo, torna a Igreja morta de Sardes uma referência à era gloriosa da Reforma; deveria estar claro para qualquer estudante da Bíblia que não há em todo o escrito sacro qualquer átomo de evidência que corrobore esse método totalmente arbitrário de dividir a História da Igreja e atribuir as partes resultantes às respectivas cartas de Apocalipse 2 e 3.
As cartas descrevem condições que não ocorrem em qualquer época em particular da História, mas que se repetem muitas vezes.
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