Seminarista Marcelo Seião
INTRODUÇÃO
Nossa igreja tem um nome que desperta certa curiosidade: “Igreja Presbiteriana Koinonia”. Alguns acham que é um ministério novo ou um grupo que saiu da Igreja Presbiteriana do Brasil. Outros já perguntaram se ela é uma Igreja para japoneses e muitas outras coisas mais.
A fim de esclarecer as primeiras dúvidas, a Igreja Presbiteriana Koinonia pertence à Igreja Presbiteriana do Brasil, cujo presbitério é do Vale do Paraíba. Não somos frutos de uma divisão, mas, sim, de um projeto de implantação de novas Igrejas.
Na verdade o que desperta essa curiosidade nas pessoas é o termo “KOINONIA”, que no Grego secular significa “um relacionamento íntimo e estreito que as pessoas aceitam entre si”. (BARCLAY, William. Palavras Chaves do Novo Testamento.Volume 1. São Paulo: Vida Nova, 2009. p. 122).
Uma vez que o Novo Testamento foi escrito em Língua Grega, não podemos negar o uso dessa palavra dentro do seu contexto bíblico e histórico. De maneira estrita, KOINONIA traz a ideia de comunhão, relacionamento, sociedade e parceria. Mas, no sentido mais amplo do vocábulo, KOINONIA é uma “associação com uma pessoa, envolvendo amizade com ela e incluindo participação nos seus sentimentos, nas suas experiências e na sua vivência; relacionamento que envolve propósitos e atividades comuns; parceria”.
Dessa maneira, enxergamos melhor o que o texto bíblico quer dizer com “comunhão cristã” – KOINONIA –, e ao mesmo tempo em que o nosso conceito básico sobre comunhão é confrontado. Ou seja, comunhão cristã não é simplesmente ir à Igreja, cantar, ouvir um sermão, tomar a ceia, decidir aonde ir lanchar ao término do culto, fazer algumas piadinhas com os irmãos, rir bastante e ir embora para casa.
KOINONIA é muito mais do que isso! KOINONIA É:
1. PERMANECER NO CONVÍVIO UNS COM OS OUTROS, PARTILHANDO DA MESMA FÉ:
Atos 2.42: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.
OBS: KOINONIA nunca é uma unidade isolada. Infelizmente, algumas pessoas insistem em viver um evangelho solitário – sem igreja, sem uma doutrina específica (creio no que acho certo), sem liderança, sem orar uns com os outros e sem compromisso com um grupo local.
Os primeiros discípulos viveram essa íntima comunhão uns com os outros, porque eles eram cheios do Espírito Santo. Então surge a pergunta: como ser cheio do Espírito Santo? Paulo disse: “falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios 5.19-21).
2. É DIVIDIR BENS E A SI MESMO COM OS QUE SÃO MENOS AFORTUNADOS:
2.1 – Compartilhar a si mesmos:
2 Co 8.1-5: “ pedindo-nos, com muitos rogos, a graça de participarem da assistência (koinonia) aos santos. 5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus;..”.
2.2 – Compartilhar bens:
2 Co 9.6-15: “... visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís (Koinonia) para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós. Graças a Deus pelo seu dom inefável!”.
OBS: KOINONIA é compartilhar o muito e o pouco que temos com os que não têm nada na Igreja. Perceba que a ausência de necessidades que a Igreja Primitiva experimentava não era fruto de campanhas ou correntes de oração visando o sucesso ou a prosperidade financeira, mas porque “estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade” (Atos 2. 44-45).
É triste ver esse princípio da Palavra de Deus ser corrompido por homens gananciosos e enganadores, que inculcam na mente das pessoas que se elas não têm o que precisam é porque não têm fé suficiente, não oram suficiente, ou porque não dizimam fielmente. Pelo contrário, muitos crentes ainda padecem necessidade e missionários não conseguem cumprir o ide por causa da ganância de alguns que têm acumulado e retido tudo para si de maneira egoísta.
3. É A COMPROVAÇÃO QUE ESTAMOS ANDANDO NA LUZ:
1 João 1.7: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão (Koinonia) uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”.
OBS: KOINONIA só pode ser vivida por aqueles que andam na luz. O ponto de João nessa carta é muito simples: ou estamos nas trevas, enganando-nos a nós mesmos, ou estamos na luz. Quem anda na luz, por sua vez, vive em comunhão com Deus e com os outros. Por essa razão, quem não quer estar aliançado e devidamente membrado em uma Igreja, acaba mostrando que não está na Luz, submisso à vontade do Pai, mas engodado pela carne, seguindo as suas próprias vontades e inclinações.
CONCLUSÃO
KOINONIA é participar ativamente da vida do outro – dos seus sentimentos, dores, angústias, alegrias, experiências e da mesma fé e doutrina.
KOINONIA é partilhar nossos bens com os que têm menos e com aqueles que fazem missões. KOINONIA é opor-se ao espírito egoísta que deseja tudo para si.
KOINONIA é evidenciar que Cristo é a luz de nossas vidas, e quem não está na luz, está nas trevas.
VOCÊ ESTÁ VIVENDO EM COMUNHÃO?
Graça e Paz Amados.
ResponderExcluirLouvado seja o senhor pela nossa IP koinonia...
O Seminarista Marcelo, nos aponta um estudo detalhado do que é Koinonia, estudo esse que nos leva a uma reflexão sobre o assunto, acredito que tal estudo também teve e terá o mesmo efeito a todos que o lerem.
Marcelo "Paizão" Deus Abençoe Você,Tati e o "Feijão".
O estudo é admirável.Certamente que koinonia não se estabelece quando apenas nos reunimos como igreja para,ao chegarmos ao templo,cumprirmos a liturgia do culto e,em seguida,irmos para nossas casas.Acredito que deixamos bastante a desejar como corpo de Cristo.Talvez seja essa a razão pelo qual um novo convertido não mais perdura em nossas igrejas.Que o Senhor nosso Deus mude essa triste realidade e possa começar em mim.Abraços...
ExcluirQue a Graça do Senhor seja abundante em nossas vidas, que vivamos de maneira responsável, compartilhando, tendo o mesmo sentimento uns para com os outros, sendo misericordiosos; pois a maior parte do tempo somos egoístas e fazemos o bem a que nos aprouver fazê-lo. Ao passo que, Jesus Cristo nos ensina que:- se a nossa justiça não exceder a dos Escribas e Fariseus jamais alcançaremos o Reino dos Céus. Que vá muito além o sentido de comunhão, que ultrasse uma comunidade específica, mas "no que depender de vós tenhais paz com todos", que revele-nos que devemos compartilhar a palavra do Senhor, compartilhar os nossos bens com os menos afortunados, ainda que não sejam salvos. Pois o Senhor diz:...que vendo o nu o cubras, e repartas o teu pão com o faminto. Que seja este o princípio de comunhão disseminado, pois Cristo deu nos o exemplo, quando realizou a multiplicação dos pães, não o fez somente por causa dos dicípulos que o seguia, mas o fez por compaixão da multidão que o seguia. Bendito seja o nome do Senhor, que por sua misericórdia tem nos assistido e garantido que não nos falte a sua palavra, e não sejamos órfãos.
ResponderExcluirMuito bom o estudo, sou assembleia mas tenho comunhão com os irmãos de todas as denominações que perseveraram na verdade da palavra de Deus.
ResponderExcluirVerdadeiramente um estudo maravilhoso, na verdade vai além de um estudo, mas um toque na consciencia do que é viver ou fazer parte do corpo de Cristo.
ResponderExcluirAmei a explicação... Obrigada e que Deus os abençoe!!!
ResponderExcluirExcelente.Deus abençoe sua vida. E que o Espirito Santo lhe traga mais revelações da sua palavra para a edificação do Corpo de Crusto
ResponderExcluirGraça e Paz amados. Ótimo estudo, me admirei e me fez refletir muito sobre compartilhar. Deus abençoe grandemente. Obrigado
ResponderExcluir